sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Carla Diaz completa 18 anos de carreira e fala sobre seu papel em 'Rebelde'




Ela cresceu diante das câmeras e dos olhos dos telespectadores. A pequena menina, que encantou o Brasil como uma orfã em "Chiquititas" e ganhou o mundo como a muçulmana Khadija, de "O Clone", comemora 18 anos de carreira e 21 anos de idade, que serão completados em novembro. "Posso dizer que é minha maioridade total", brincou Carla Diaz, que estreou na última semana em "Rebelde" como a estudante Márcia Luz, uma menina pobre, abondonada pelos pais, mas que é mantida na escola por algum bem feitor. "Esse é o grande mistério da vida dela." Num encontro na academia de dança de salão onde faz aulas, Carla conversou com o TE CONTEI.



Vaidosa, a jovem começa a entrevista ainda se preparando. Ela capricha na maquiagem, mexe nos longos cabelos e arruma a roupa, escolhida especialmente para a sessão de fotos. É o oposto de sua nova personagem, que usa uniforme escolar na maior parte do tempo e prefere peças sóbrias às coloridas. "Eu sou muito vaidosa. A Márcia também, mas ainda não explorou muito bem isso. O figurino me ajudou muito na composição dessa personagem mais fechada. Ela é diferente das amigas, não usa coisas da moda, mas pequenos detalhes". 



Carla fala com muita propriedade sobre a personagem, que apareceu como uma supresa em sua carreira. "Costumo brincar que fui chamada aos 45 minutos do segundo tempo. Fiquei muda no telefone. Cada um reage de uma maneira, né? Foi uma grande surpresa", revelou a atriz, que já sabia do projeto, uma das grandes apostas do TV Record para 2011. "Participar de uma novela com todo esse investimento é maravilhoso", vibrou a jovem, que tem contrato com a emissora desde 2009. 
Mesmo sem poder adiantar muitas coisas sobre Márcia, ela descarta a comparação com Maria, a pequena orfã de "Chiquititas". "A cabeça de uma criança é diferente. Na Márcia, essa noção de carência, de abandono é muito maior. A Maria foi logo adotada, já a Márcia quer saber quem é a família dela, o sonho dela é ter um pai".

Mas não será só de lágrimas a história da menina, que ela classifica como nerd."Tem carga dramática, mas não será só drama. Ela detesta injustiça e acho que até o meio da trama ela vai mostrar o lado rebelde dela", aposta.

Carla mudou-se com a mãe ainda criança para a Argentina, depois de ser convidada para a novela infantil que foi febre no Brasil nos anos 90. O início da carreira foi cedo: aos 2 anos já aparecia em diversas campanhas publicitárias. Depois de Maria, o talento da atriz foi projetado nacionalmente e outras emissoras procuraram Dona Mara, a mãe e fiel escudeira da menina. "A Maria foi um divisor de águas na minha carreira. Eu assistia Chiquititas e falava que queria fazer. Aí apareceu o convite. Foi um sonnho realizado", relembra a jovem. 



Foi na TV Globo, onde assinou contrato após deixar o SBT, que Carla conquistou o mundo. A muçulmana Khadija e seus inesquecíveis bordões "Inshalá" e "Muito ouro!" fizeram a atriz, ainda criança, ser reconhecida em várias partes do mundo. "Muita gente vem falar comigo sobre a Khadija. Foi ela quem me levou para o mundo. Fui reconhecida nos Estados Unidos e no Uruguai. Uma equipe também veio da Rússia me entrevistar, na época na exibição da novela lá. Foi aí que eu vi a real dimensão da Khadija para a minha carreira", orgulha-se Carla. "Acho que ainda vou estar velhinha e vão me chamar de Khadija na rua, vão falar 'Inshalá" para mim", brinca.

E se o passado da atriz guarda ótimas lembranças, a expectativa é que no futuro venham mais realizações. Além de atuar, Carla estreou em 2011 como produtora. Junto com o amigo Thiago Oliveira, que também completa 18 anos de carreira, ela levantou a peça "Um chorinho pra Dona Baratinha". Para celebrar o momento, a dupla convidou Gabriel Cortez, que também os dirigiu em "O rapto das cebolinhas". E é aí que entra a dança de salão na vida da atriz. Para dançar nos palcos foi preciso horas de ensaio com o professor Vinny Cardoso, muitas vezes na madrugada. "Ela é uma aluna muito boa e muito esforçada", revelou o dançarino.

Dançar sempre foi um dos hobbies de Carla, que fez balé quando pequena e também aprendeu dança do ventre para "O Clone". "Pretendo continuar com a gafieira, assim como, às vezes, ainda faço aulas de dança do ventre. Sempre gostei muito de dançar, sempre fui muito solta. Acho muito importante para o ator, principalmente no teatro, onde a expressão corporal é mais importante. Mas, nessa personagem, por exemplo, tive um trabalho de comedimento, porque ela é timída, e a dança, essa consciência corporal, com certeza me ajudou muito nessa construção."

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